quinta-feira, 15 de abril de 2010




Encerrou-se no último dia 12, o Encontro Nacional da Juventude – pelos direitos dos atingidos por barragens e por um projeto energético popular.O evento organizado pelo MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) iniciou no dia 8 de abril e aconteceu em Brasília, com a presença de 700 militantes, vindos de 15 estados.

O principal obejtivo do Encontro foi o de discutir e denunciar a violação dos direitos dos atingidos no processo de construção de barragens, debater sobre o projeto energético popular, fortalecer a luta pelos direitos dos atingidos e reorganizar a resistência contra a construção de barragens. Além disso, o Encontro culminou numa formatura simbólica dos jovens militantes que estiveram em processo de formação durante o último período.

Para encerrar as atividades na capital federal, os presentes no encontro e representantes de movimentos indígenas de Altamira (PA) e do Parque Nacional do Xingu, além de organizações de Brasília, protestaram contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, cujo leilão está previsto para a próxima terça-feira, dia 20. A marcha partiu da Catedral Metropolitana, percorreu a Esplanada dos Ministérios - parando no Ministério de Meio Ambiente, Congresso, Ministério da Justiça, Ministério de Minas e Energia (MME) e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio – e finalizou na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Um documento pedindo o cancelamento da Licença Prévia e do leilão da hidrelétrica, assinado por mais de 50 movimento sociais e entidades, foi protocolado no MME e na Aneel.

Para o encerramento do ato, estiveram presentes o diretor do filme Avatar, James Cameron, e os atores Sigourney Weaver e Joel David Moore. Cameron e Sigourney declararam ser totalmente contra a construção de Belo Monte e apresentaram inúmeros argumentos para reforçar esta posição, desde a necessidade de um novo modelo energético para o Brasil e para o mundo, como também os imensuráveis impactos socioambientais e econômicos que serão causados na região, afetando severamente as comunidades locais.

Os manifestantes esclareceram durante a atividade que a barragem está dentro de um amplo programa de saqueio dos bens naturais da Amazônia e que quem pagará a conta da construção será o povo brasileiro